Janeiro, mês de falarmos sobre um dos tumores mais frequentes em mulheres

O câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente no sexo feminino. São esperados para 2023 mais de 17 mil casos

Cada vez mais os meses têm sido usados para alertar e conscientizar sobre doenças. Uma das cores que janeiro recebe é a verde piscina, dedicada à conscientização do câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical. A doença tem evolução lenta e acomete, principalmente, as mulheres acima dos 25 anos. O principal agente da enfermidade é o papilomavírus humano (HPV).

Tipos
Os tipos mais frequentes do câncer de colo de útero são os carcinomas epidermoides (80% dos casos); e os adenocarcinomas (20% dos casos). De acordo com os radioterapeutas do Instituto Radion, o câncer de colo de útero não apresenta sinais e sintomas em seus estágios iniciais, que só aparecerão nos casos mais avançados da doença.

A infecção por HIV, múltiplos parceiros, sexo desprotegido e o tabagismo são os principais fatores de risco. Antes de tornar-se maligno, o câncer de colo de útero passa por uma fase pré-maligna (neoplasia intraepitelial cervical), classificada em graus 1, 2, 3, de acordo com a extensão.

O método de prevenção mais efetivo  é a vacinação contra o HPV entre meninas na faixa entre os 9 e os 14 anos de idade; e meninos entre os 11 e 14 anos.

Estatísticas
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre a população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Para o ano de 2023 são estimados cerca de 17 mil novos casos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A faixa etária de maior incidência para o tumor está acima dos 50 anos.

Mais de 20% dos casos de câncer de colo de útero são diagnosticados em mulheres com mais de 65 anos. Por isso, a importância em realizar os exames de rotina em mulheres em todas as faixas etárias.

Tratamentos
As principais opções de tratamento para o câncer de colo do útero  incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia, que podem ser realizadas isoladamente ou em combinação, dependendo do estágio da doença. Caso a mulher tenha desejo de gestar, existe a possibilidade de manter o útero, removendo a lesão com excelentes taxas de cura. Para estágios mais avançados, a radioterapia combinada com a quimioterapia é geralmente o principal tratamento, para a equipe do Instituto Radion.

Radioterapia e Braquiterapia
A Radioterapia externa (ou teleterapia), é um dos tratamentos indicados para o combate ao câncer de colo de útero. O procedimento em si é indolor, mas pode resultar em efeitos colaterais. A Braquiterapia (ou radioterapia interna) é outra forma de tratamento. Consiste na colocação de uma fonte de radiação dentro do corpo, no tumor ou próximo a ele. Em muitos casos, a radioterapia interna é utilizada em associação com a externa.

A Braquiterapia está na rotina do Instituto Radion, empregada de duas formas: alta taxa de dose, pela qual a paciente permanece internada durante horas ou dias com instrumentos que seguram o material radioativo no local certo; e baixa taxa de dose, feita em várias sessões, nas quais o material radioativo é inserido por alguns minutos e, em seguida, removido.