Outubro Rosa: campanha conscientiza para diagnóstico precoce do câncer de mama

A doença é considerada um problema de saúde pública no Brasil

Segundo o INCA, o risco estimado de novos casos é de 61,61 para cada 100 mil mulheres. No Brasil, o câncer de mama é o tipo de tumor de maior incidência nas mulheres após o câncer de pele tipo não melanoma. De acordo com o INCA, aqui para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

“O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres no Brasil e a incidência da doença, bem como a taxa de mortalidade, tendem a crescer progressivamente a partir dos 40 anos. Por isso que campanhas como o outubro rosa são fundamentais. Precisamos reforçar a importância de ações voltadas à prevenção e diagnóstico precoce”, afirma Dra. Maíra Neves, radio oncologista do RADION – clínica curitibana especializada em radioterapia.

Quando detectado precocemente o câncer de mama
tem cerca de 95% de chance de cura.

No grupo de risco estão mulheres a partir dos 40 anos e aquelas com histórico familiar para o câncer de mama. “Anualmente as mulheres devem realizar um checkup e o próprio ginecologista já faz um exame nas mamas. No entanto, o autoexame é primordial quando da percepção de eventuais alterações como pequenos nódulos nas mamas e axilas. Além disso, é muito importante que todas as mulheres tenham conhecimento sobre a doença, os principais alertas e sintomas. Quando temos conhecimento fica muito mais fácil diagnosticar cedo e, a partir disso, buscar orientação profissional”, complementa a especialista do RADION.

Vale lembrar que nem todo nódulo é sinal de câncer de mama. E, conforme os sinais de alerta, a mulher deve consultar um especialista. A mamografia de rastreamento é considerada um exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama e é recomendada para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.

FATORES DE RISCO

– Histórico familiar;
– Falta de atividade física;
– Não ter filhos;
– Mama densa;
– Gestação acima dos 30 anos;
– Obesidade ou excesso de peso corporal;
– Uso excessivo de hormônios ou terapia longa de reposição hormonal;

SINAIS DE ALERTA

– Alteração na assimetria da mama;
– Desvio ou inversão do mamilo;
– Alteração na cor do mamilo;
– Vermelhidão na mama ou mamilo;
– Secreção transparente, rosada ou avermelhada;

COMO FAZER O AUTOEXAME

– De pé, em frente ao espelho, observe: o bico dos seios, superfície e contorno das mamas. Levante os braços, observe se o movimento altera o contorno e a superfície das mamas.
– Deitada, com a mão direita, apalpe a mama esquerda: faça movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos.
– Deitada, com a mão esquerda, apalpe a mama direita: faça movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos.
– No banho, com a pele ensaboada, eleve o braço direito e deslize os dedos da mão esquerda suavemente sobre a mama direita, estendendo até a axila. Faça o mesmo na mama esquerda.

BENEFÍCIOS DA RADIOTERAPIA NO TRATAMENTO

A radioterapia é considerada como um dos mais importantes tratamentos oncológicos contra o câncer de mama. Essa modalidade terapêutica está na rotina do Instituto Radion e costuma ser muito bem tolerada pela paciente. Os efeitos adversos são, na maioria das vezes, restritos à região tratada. Ou seja, significa dirigir doses mais concentradas na área-alvo, com a possibilidade de preservar áreas críticas, diminuindo a exposição dos tecidos normais à radiação e reduz os efeitos tóxicos do tratamento.

Com a evolução da técnica e dos especialistas que atuam na área, atualmente pode-se afirmar que a radioterapia também exerce importante papel curativo, sem contar que os novos protocolos de tratamento, aplicados no Instituto Radion, agregam rapidez em cada sessão e menor número de dias, conforme as recomendações internacionais.

Além disso, todos os tratamentos de mama são feitos com a técnica 3D, podendo estar associada a IGRT (Radioterapia guiada por Imagem) ou a modulação do feixe (IMRT), para poupar os órgãos saudáveis e garantir mais segurança em cada aplicação com o mínimo de efeitos colaterais.

Vale lembrar que a Radioterapia é uma das formas de tratamento. Cada paciente tem uma conduta, que pode variar de acordo com o tipo do câncer e estágio da doença. Quimioterapia e cirurgia também fazem parte das terapêuticas contra o câncer de mama. “Cada casa é um caso. Tem pacientes que unem as três terapêuticas, outras que apenas operam e fazem radioterapia. Isso depende de cada paciente e a conduta é sempre orientada pelo médico oncologista.