No calendário médico o mês de janeiro ganhou a cor verde piscina. O primeiro mês do ano é dedicado à conscientização do câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical. A doença tem evolução lenta e acomete, principalmente, mulheres acima dos 25 anos. O principal agente da doença é o papilomavírus humano (HPV), mas entre os fatores de risco estão também o tabagismo, iniciação sexual precoce, multiplicidade de parceiros sexuais, multiparidade e uso de contraceptivos orais.
Dados do INCA mostram que aqui no país, excluídos os de tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente entre o público feminino. Para se ter ideia, neste novo ano de 2023, são estimados 17.010 novos casos da doença, ou seja: risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres.
Sobre a doença
Este tipo de câncer é causado pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV. A infecção genital por esse vírus é muito frequente e, em sua maioria, não causa doença. O câncer do colo do útero acontece quando a células do tecido que reveste o colo do útero (área de transição entre a vagina e o útero) têm alterações anormais. É um câncer que, em sua maioria, não apresenta sinais nem sintomas em fase inicial, mas que pode ser facilmente percebido no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau). Se detectado em fase inicia, tem altas chances de cura.
É muito importante que as mulheres façam periodicamente o exame preventivo. A recomendação é de que todas com vida sexual ativa, especialmente entre 25 e 59 anos, realizem o preventivo anualmente. Em casos de alterações a periodicidade pode ser reduzida, no entanto é o médico ginecologista quem orienta cada paciente de forma individualizada.
Outros exames como a colposcopia e biópsia, além de outros complementares, podem ser solicitados pelos médicos para ajudar a identificar a extensão da doença além de orientar na definição do tratamento.
Eliminando o câncer de pele não melanoma, o câncer do colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), além de ser a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Tratamento
Fatores como idade, estágio da doença, além de fatores pessoais (como o desejo de ter ou não filhos) é que determinam a conduta médica de tratamento. Cirurgia, quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia e radioterapia são as opções para este tipo de câncer.
A radioterapia, uma das mais eficazes, pode ser aplicada à cura total quando o tumor ainda é localizado e pequeno. Já para casos mais avançados da doença, a radioterapia atua para controlar a doença e aliviar os sintomas que podem ser de sangramento vaginal anormal e dor, principalmente durante e após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dores na região do abdômen.
Em Curitiba, o Radion – Instituto de Radioterapia e Oncologia – é referência no tratamento para este tipo de câncer, empregando as mais modernas técnicas de radioterapia. A Radioterapia externa (ou teleterapia), é um dos tratamentos indicados para o combate ao câncer de colo de útero. O procedimento em si é indolor, mas pode resultar em efeitos colaterais. A Braquiterapia (ou radioterapia interna) é outra forma de tratamento. Consiste na colocação de uma fonte de radiação dentro do corpo, no tumor ou próximo a ele. Em muitos casos, a radioterapia interna é utilizada em associação com a externa.
Como prevenir?
- Exame preventivo
- Vacina contra HPV (disponibilizada gratuitamente no SUS)
- Uso de preservativos
- Evitar fumar