Julho Amarelo: Mês de Conscientização do Câncer nos Ossos

A detecção precoce do tumor é essencial para promover melhor qualidade de vida ao paciente

Julho é o mês destinado à conscientização sobre o câncer dos ossos e, principalmente, sobre a importância da realização do diagnóstico precoce para esse tipo de tumor. O oncologista, o pediatra, o clínico geral e o próprio ortopedista desempenham papel fundamental neste primeiro momento, já que o câncer ósseo tem evolução rápida.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem diferentes tipos de câncer nos ossos, sendo o osteossarcoma ou sarcoma osteogênico o mais primário e frequente, entre pessoas de 10 a 30 anos, e o tumor de Ewing o terceiro tipo mais frequente, acometendo principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens de até 30 anos.

O American Cancer Society divulgou que os tumores ósseos são raros e que representam menos de 1% de todos os tipos de cânceres, sendo que o osteossarcoma é o tipo mais frequente de tumor ósseo, seguido do condrossarcoma e tumores de Ewing, esse último acometendo principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens de até 30 anos.

“O prognóstico depende de cada paciente e da doença: o tipo, a localização, o estágio do tumor a idade da pessoa acometida, bem como estado geral da sua saúde”, comenta Dr. Eder Babygton Alves (CRM-PR 26.481 – RQE 1546), médico radioterapeuta do corpo clinico do Instituto Radion.

Avanços nas diversas formas de tratamento verificados nos últimos anos levaram a uma melhora significativa nos prognósticos. Pacientes com a doença localizada podem ter sobrevida entre 70 até 80%. Já entre os que apresentam o tumor na forma metastática, a sobrevida cai para 30%.  Estima-se que 20 a 25% da população evolua para metástase ao diagnóstico.

Outros estudos relatam que, em certos casos, a dor é discreta ou inexistente. Daí a importância de exames tais como a ressonância magnética, a tomografia computadorizada, a cintilografia óssea, aspirado e biópsia de medula óssea, além da tomografia com emissão de prótons (PET-CT). Os sinais e sintomas iniciais do tumor incluem massa ou inchaço na área afetada, dor óssea (que pode piorar à noite), febre sem causa conhecida, perda de peso e cansaço sem motivo aparente. Porém, existem tumores nos quais a dor é discreta ou inexistente.

A doença não está associada com estilo de vida ou ambiente, razão pela qual não pode ser prevenida.  Existem também os chamados tumores benignos dos ossos, que não se disseminam para outros tecidos e podem ser tratados por meio de cirurgia. São eles: osteoma osteoide, osteoblastoma, osteocondroma, encondroma, fibroma condromixoide.

TRATAMENTO

O tratamento para câncer nos ossos pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação de várias terapias para remover o tumor e destruir as células cancerígenas, caso seja possível. “No caso da radioterapia, usamos radiações ionizantes para inibir e/ou destruir o crescimento das células malignas. A radioterapia externa, por sua vez, é aplicada para tratar o tumor ósseo. A dose sempre varia de acordo com cada paciente”, comenta o especialista.