O câncer de testículo é o mais comum entre homens na faixa etária dos 15 a 35 anos. A doença é curável com sobrevida de 95% em 5 anos.
Diferente da maioria dos tipos de câncer, o de testículo afeta (em sua maioria) homens mais jovens, entre 15 e 35 anos – um total de 35 mil casos ao ano no mundo, de um total de 75 mil casos. No entanto, o alerta é para todos, pois a doença também pode acometer crianças e idosos. Menos discutido e conhecido do que o câncer de próstata, esse tipo de tumor corresponde a cerca de 5% de todos os tumores malígnos masculinos.
O Brasil tem a maior incidência do câncer de testículo na América Latina (embora o Inca não disponha de dados estatísticos atualizados). O abuso do uso da maconha por tempo prolongado contribui para a sua incidência, apontam pesquisas da American Cancer Society.
Atenção aos sinais
– Histórico familiar e história prévia em testículo contralateral;
– Infertilidade;
– Criptorquidia (não descida de um ou dois testículos para a bolsa escrotal. Por isso é importante que na infância o pediatra verifique se a descida aconteceu normalmente);
– Trabalhadores expostos a agrotóxicos.
Principais sintomas
Surgimento de nódulos duros, geralmente indolores, que podem ser do tamanho de uma ervilha. Outros fatores como o aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, endurecimento, dor imprecisa na parte baixa do abdômen, sangue na urina e sensibilidade dos mamilos também devem ser um sinal de alerta. Caso ocorra qualquer alteração anatomopatológica, o homem deve consultar com um urologista.
Diagnóstico precoce
Detectar o tumor em fase inicial garante maior chance de sucesso no tratamento. A investigação pode ser feita com exames clínicos, laboratoriais e radiológicos ou, ainda, através dos exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas que façam parte de grupos de risco, e nas percepções do autoexame.
Evolução
O câncer de testículo é agressivo e tem alto índice de duplicação das células tumorais, causando a rápida evolução da doença. No entanto, o diagnóstico precoce permite alto índice de cura, com excelentes respostas aos tratamentos quimioterápicos.
Tratamento
O tratamento de eleição é cirúrgico. O testículo é extraído totalmente. Vale lembrar que a função sexual ou reprodutiva não são afetadas, desde que o outro testículo esteja saudável. A radioterapia é empregada apenas nos casos metastáticos do câncer de testículo.